domingo, 11 de março de 2007

Alone


Faço minhas as suas palavras, caro Edgar, o maior "self exorcist" de todos os tempos!

"From childhood's hour I have not been
As others were; I have not seen
As others saw; I could not bring
My passions from a common spring.
From the same source I have not taken
My sorrow; I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I loved, I loved alone.
Then–in my childhood, in the dawn
Of a most stormy life–was drawn
From every depth of good and ill
The mystery which binds me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that round me rolled
In its autumn tint of gold,
From the lightning in the sky
As it passed me flying by,
From the thunder and the storm,
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view"

"Alone", Edgar Allan Poe

tradução livre e rápida:

"Na infância, não fui como os outros
e nunca vi como outros viam.
Não podia tirar minhas paixões
da mesma fonte que a deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo que amei, amei sozinho.
Assim na minha infância, na alvorada
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio da correnteza, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que me envolvia inteiro
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos luminosos
que passou logo ao meu lado
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se formava,
(Quando o resto do céu era azul)
como um demônio, ante meus olhos."

Se eu já não fosse solitário assim, eu precisaria ser.

Um comentário:

Gata Caçapa disse...

nada como um bom soco no estômago na madrugada para revigorar..edgar sempre será...