segunda-feira, 23 de junho de 2008

Eu quero uma Barbie


Olha isso aí. Sou completamente contra a Barbie e tudo o que ela significa, além é claro de ser macho pra caralho!!!!
... Mas isso aí tá simpático.
Meu aniversário tá chegando, então fica a sugestão.

(foto de notícia publicada hoje no Omelete)

sábado, 7 de junho de 2008

Shhhhhh!



É o fim da civilização e de toda noção de ordem como nós conhecemos.
Na quinta fomos ao Cineplex Batel para ver um filme de incestos e assassinatos com a Julianne Moore. Filme OK, só que não tem absoluta nenhuma utilidade artística, política ou com "fun factor".
Isso não é a questão. Leia post sobre Kaspar Hauser Pós moderno novamente.
Chegamos e sentamos nas confortáveis cadeiras. No cinema só havia nós outros três casais. Todos eles, menos a gente, conversando. Alto. O casal atrás da gente não apenas conversava como ficava constantemente se ajeitando na cadeira chutando as minhas costas sem nenhum pudor. Mudamos de lugar. Fomos para fileiras mais atrás e sentamos na mesma fila de um outro casal. Logo percebemos que este casal também conversava durante o filme sem parar e sem controle de volume vocal. Mariane fez um justificado "Shhh". Eles pareceram se comportar mais um pouco. Apesar dos inúmeros pacotes de guloseimas devorados vorazmente.
Em um certo momento do filme, eu percebo uma movimentação peculiar na área do outro casal na mesma fila. O sujeito levantou três braços fazendo para si um gigantesco loveseat e repousou sua cabeça sobre o braço que por sua vez estava no colo de sua amada. O resultado visual disso fazia com que ele parecesse uma versão grotesca da Olympia de Manet.
Ao sair do cinema, pagamos o estacionamento e no caminho pela praça em direção ao carro vimos o casal novamente. Ao passar por nós o sujeito, num ato de desprezo e falta de discernimento, faz um longo e exagerado "SHHHH" para a gente. E começa a subir a escada rolante.
Normalmente eu riria e não faria nada, mas não me agüentei e fui atrás dele.
No topo da escada rolante, ele começa a querer tirar a jaqueta puxando pra briga. Juro.
E eu disse : "Você tá vendo alguém levantar punho aqui, rapaz? Só quero entender como você não vê que conversa incomoda no cinema". "Eu converso onde eu quiser", disse ele. "No cinema não", respondi o óbvio. Foi aí que a namorada dele disse algo que acabou comigo. "Mas todo mundo no cinema tava conversando!"

Era verdade.

Nós éramos minoria.
O que nos resta então? Aceitar que a barbárie já chegou? Ou continuar fazendo shhh.
Mas como diria Seinfeld.: "I am not a Shushee, I am a shhusher".
Seríamos nós então dinossauros de tradições perdidas? Ficar quieto no cinema é fora de moda? Pedir para alguém ficar quieto para que eu possa prestar atenção no filme é um chamado de guerra?

Prefiro acreditar que não.
Pelo contrário.
Acho que de agora em diante vou entrar no cinema, olhar nos olhos de toda a platéia e soltar um sonoro:
SHHHHHHH!!!

Se é pra gente ser o louco que não se encaixa na sociedade, então vou levar isso às últimas conseqüências.
Se é pra gente ser a TFP new generation, então vou ser fascista.

Essa é a vontade do demônio da perversidade.

Só que tudo é tão mais simples. Não tem nada a ver com bem/mal, mas sim com ... bom senso.

domingo, 1 de junho de 2008

Melange Nipônica


Ontem eu vi aqui na tela de meu lindo iMac o filme Machine Girl (ou Mashin Gâru, como preferir). Peguei o filme de uma daquelas fontes que não ousam dizer seu nome como um dos torrents (opa! me entreguei) mais hypados do ano.
O filme é uma mistura de

KILLBILL+EVIL DEAD + POWER RANGERS + Algumas coisas (quem tiver visto, colabore aqui com outras referências encontradas, que não são poucas)

Não é um novo Cidadão Kane, isso é certo, mas é bem divertido. Listo aqui algumas de minhas seqüências favoritas do que testemunhei ontem nesta tela onde escrevo:
- Ami, a Machine Girl do título, briga com uma dona de casa maníaca que enfia seu braço primeiro em uma mistura de ovos e farinha para depois fazer um Tempurá do braço da heroína. Sem metáfora nenhuma nisso.
- Num momento POwer Rangers, Ami e Miki lutam contra um grupo de pais de capangas mortos por elas em lutas anteriores. Estes pais, devidamente uniformizados e armados fazem uma coreografia de apresentação e se auto intitulam algo como "A Super Gangue Carpideira", ou "A Super Gangue dos Pais Lamentadores".
- Por fim, o "soutien-furadeira" da bandida. Preciso dizer mais?

O filme tem problemas de sobra. Ele parece não se levar a sério, mas não se leva a sério o suficiente para o seu próprio bem.

Agora, uma coisa me deixou fascinado: a personagem Miki. Ela ajuda nossa heroína Ami a matar a família da Yakuza que matou o irmão de Ami e o filho de Miki. Bem, o filho de MIki é pra ter uns 15 anos pelo menos. E Miki é uma baita duma japa gostosa, com o perdão da misogenia rápida - porém socialmente necessária. Até aí tudo bem, mas ela era muito nova mesmo pra ter um filho de 15 anos. Uma pesquisa rápida no IMDB e eu descubro que Asami, a atriz que faz Miki, tem 23 anos. Ou seja, pelos cálculos ela teve o filho com 7 anos.
Isso me deixa muito preocupado com a cultura japonesa. 23 anos já é idade de "mulher passada"?
Lembro de uma frase divertida do péssimo filme "Clube das Divorciadas", onde Goldie Hawn que faz uma estrela hollywoodiana diz: "Existem apenas três idades em Hollywood: Gatinha, Promotora e ConduzindoMissDaisy."
Pelo jeito a idade "promotora" no Japão está mais baixa do que o normal.

Enfim, choques à parte, vejam Mashin Gâru que tem coisas de sobra para "diversão testosterônica".


Em tempo: li algumas críticas ao Kill Bill Vol. I que diziam que o filme era uma longa piada do "Cavaleiro Negro" no Monty Python em Busca do Cálice Sagrado. O mesmo pode ser dito deste filme. Sangue esguicha por tudo e de todas as formas, mas com preferência para o modo "Mangueira-regando-as-plantas". Lembrei da Tânia Araújo limpando o sangue de cena no Hitchcock Blonde. Tadinha. Se ela visse esse filme, ficava traumatizada de vez pensando em quem ia limpar tudo aquilo. Calma Tânia, eles tem um pequeno exército de gueixas armadas com esfregões e Veja Limpeza Pesada quando gritam "Corta!"-- sem nenhum trocadilho aqui.