tag:blogger.com,1999:blog-65238157166762423312024-03-12T23:41:47.666-03:00Self Exorcist"My bed was shaking. I can't get to sleep."
Linda Blair em "O Exorcista"
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"aqueles que aqui entram, abandonem toda a esperança"
Dante, "O Inferno"Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.comBlogger76125tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-5347873247321223462014-04-07T22:56:00.002-03:002014-04-07T22:56:17.117-03:00eXistenZEu ainda estou aqui? <div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-91496833300059373312011-04-15T11:38:00.001-03:002011-04-15T11:38:35.461-03:00O tempo em você ou você no tempo?Fazendo uma paráfrase da notória citação de Stanislavski, trago a estas sessões de exorcismo um demônio mais externo que interno.<br />Que diabos é essa tal de dramaturgia contemporânea que tanto falam? Mais que isso : por que há esse desespero em ser contemporâneo? E ainda mais: que o que há de contemporâneo em estabelecer dogmas? <br />Vejo algumas pessoas afirmando categoricamente que as velhas dramaturgias devem ser exiladas, enterradas e olvidadas. Todo esse letricídio em prol da boa e nova dramaturgia. <br /><br />Algumas perguntas:<br />1) o que faz uma dramaturgia ser velha? Ou se preferir "demodê", "datada", "sooooooo last season", etc...? <br />2) por que de repente o "novo" passou a ser mais importante que o "inteligente"? <br />3) o que é mais importante: A arte em você? Ou você na arte? O que é atual em seu olhar ou uma força artificial para que seu olhar pareça atual? <br /><br />Por vezes, como professor e como freqüentador de teatro, vejo que "contemporâneo" é usado como palavra mais bonita para disfarçar "vaidade". A mais fútil das vaidades. Vestir-se com o que há de mais novo (????) na moda dramatúrgica. Moda? Na arte? Tá, tudo bem. As coisas até combinam, mas elas definitivamente não são a mesma coisa. E mesmo que se aproximem: os artistas ditam a arte através da sinceridade de seu olhar. Os que copiam são... Bem, são meras cópias baratas da Renner. Prefiro ser designer independente com uma loja nos fundos. <br /><br />Pelamordedeeus! Não se violem se obrigando a emular a voz de Sarah Kane. Ela já se foi e deixou caminho aberto para que a gente faça o que quiser. Nossa própria voz. Escreva o que é verdadeiro e pertinente, não o que a "moda" ou os tais dogmas da modernidade ditam. ISSO é ser contemporâneo, pois isso é o que CRIA o nosso tempo. <br /><br />Well, cada um faz o que quer, mas ninguém venha me dizer que o tal contemporâneo deve rejeitar "isso e aquilo". O momento onde se estabelecem regras e dogmas é o que há de menos contemporâneo. A pós modernidade acabou e o que vivemos hoje é campo livre de criação. <br /><br />Vamos ler história para fazer tempos atuais mais interessantes. <br /><br />(obs: Não há fotos neste post. Imagens seriam perniciosas e hipócritas aqui) <br /><br /><br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell.<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-72901308931385922132011-04-12T01:39:00.001-03:002011-04-12T01:39:05.003-03:00The Dark Days<br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5594551997377863170'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2AJaFGQe5unTG3u0NG27I2prVzaN1E9pbqSxreWm2e8Y-xYaXDKFTUDcyyqVQ9hmoi0mt9kyfUI9y1AmP3aNGYdKXd8DsJIl4fexq4Wa_uuCKUCIn1aUl4xs94D42wSl4LKQ2OQq4OX8/s288/1.jpg' border='0' width='254' height='198' style='margin:5px'></a></center><br />Não é uma questão de se orgulhar ou se envergonhar desta anedota:<br />Ao completar 18 anos, fui me apresentar ao serviço militar. Cheguei no quartel (no mesmo lugar que hoje<br /> abriga cebolas empanadas australianas e outras lojas) e, ao fazer a foto, o funcionário do recrutamento percebeu meu sobretudo preto e meu cabelo espetado por uns 8 cm na vertical acima da minha testa. Ele fez uma careta e soltou um som que parecia um riso de desaprovação, então finalmente perguntou :<br />- Você é pãnque? <br />E eu: - Não. <br />- O que que você é então? <br />Sem titubear, no auge do meu niilismo oitentista, respondi: <br />- Não sou nada.<br />E ele ficou quieto. <br />Sim. Naquela época eu ouvia The Cure e não cogitava usar outra cor que não o preto, pois seguia a máxima de Morrissey: "I wear black on The outside, cause black IS how I feel on The inside". <br />Naquele ano eu fui ao porão do Bar do Hermes, vulgo Berlin, antes freqüentei o Voltz, fui ao Amarilis, acompanhei porres de amigas queridas no meia oito (fundos do sal grosso), eu mesmo tomei um inconveniente porre que me fez acordar no dia seguinte com um corte fundo no meio da testa. Não me pergunte como me cortei. Acho que foi ao bater com a cabeça na chave do banheiro depois de ter ido lá pra... você me entende. <br />Presenciei - empunhando minha câmera de video VHS - um batuk do China com direito a Dustin na bateria.<br />Fui convidado do Estação Treblinka (polêmico programa da finada Estação Primeira).<br />Escondi livros de poetas malditos embaixo de meu sobretudo e furtei placas de farmácias homeopáticas às cinco da manhã.<br />Tive rompantes byronianos de romantismo e fui buscar respostas nas obras do Salinger. <br />Tive de empurrar minha Belina 78 pra fazer pegar no tranco e fui às pré estréias da meia noite no Cine Ritz.<br />Decorei frases do Blade Runner e vi Stranger Than Paradise em VHS pirata alugado do Tape Clube do Paraná (ou será que na época chamava-se Disk Tape?) <br />Conheci a pedreira antes de descobrirem que era um lugar legal para fazer shows (e bem antes de des-descobrirem isso.) e tomava tanqueray em lugares jamais descobertos por seres dignos. <br /><br />E e eu me orgulho disso?<br /><br />Bem...<br /><br />Claro que sim! <br /><br />Mas não vou fazer nenhum alarde. Só o texto acima. só. Para antes que eu me esqueça. <br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-8610200403101809742011-04-03T21:14:00.001-03:002011-04-03T21:14:29.799-03:00NEVERMORE - trailerNeste dia 6 de abril as 20:00 na Cinemateca de curitiba haverá exibição de Morgue Story com o anúncio de lançamento do DVD. Vamos sortear dois DVDs para quem for lá. <br />Agora que o morgue inicia carreira de Home Video, começa também a carreira de meu novo trabalho: NEVERMORE - três pesadelos e um delírio de Edgar Allan Poe. <br />O trailer saiu hoje. <br /><br />http://vimeo.com/21887286<br /><br /><br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5591515130121687938'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIdlwO_9cbdvgT4lPs2o3j9fdwoytJb5-lPhMt2g1odMJxXzhXi_CG6uMibhWIEoEiCIOJVu6kKVGHoK2a_Wklt3dUfFd33GtXV9SSu4lRQ-s7zfeIgNO6jt5d1RlHTftOxECG6sWgwak/s288/0.jpg' border='0' width='281' height='187' style='margin:5px'></a></center><br /><br />Este trabalho que reúne quatro curtas metragens baseados em obras de Poe é especial por vários motivos. Cito dois:<br />1) Completei meu aniversário de 41 anos trabalhando no set, com uma breve pausa para comer um bolo de morangos, doce de leite e brownie feito pela brilhante assistente Eugenia Castello. <br />2) Edgar Allan Poe sempre foi a base de inspiração para todo o meu trabalho. Seus textos são minha verdadeira bíblia. <br />Berenice, o primeiro dos quatro, terá estreia mundial em Detroit, EUA, neste mês de abril. Este e os outros curtas (Morella, Ligeia e O Corvo) terão exibição em tela grande em junho. <br />e o meu braço terá para sempre tatuada a palavra NEVERMORE . <br />word! <br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-46091847562351149042011-03-26T22:30:00.001-03:002011-03-26T22:30:21.833-03:00Um divisor de lodosPublicado originalmente em : http://www.questaodecritica.com.br/2011/03/um-divisor-de-lodos/<br /><br /><br />Artigo sobre o processo de criação da peça Os Catecismos segundo Carlos Zéfiro<br /><br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5588565973586483410'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwVRjdR6t7bM74Qx4fwx7r3_S5v4j5p969zt_Biq2QmRqNMgq87gTvnhyphenhyphenCo4gY76xgGF0j28RM1t7qhfP1OJ0wELb_-eaqT_vKVIjaUBcTJWpIhk36fIMrgw2LlQFhRdjtyDnZVzjJTUQ/s288/1.jpg' border='0' width='281' height='187' style='margin:5px'></a></center><br />Foto: Marco Novack.<br /><br /><br />Não acredito num teatro em que a poesia é aberta. Prefiro mil vezes que o espetáculo me convide e me instigue a encontrar poesia em meio ao lodo. Ou melhor, em meio ao que o límpido bom senso considera lodo.<br /><br />Em 1997, quando produzimos nosso o primeiro espetáculo da Vigor Mortis, utilizávamos o universo insano e doentio dos serial killers para falar da necessidade de mudança do status quo. Em 2004, Morgue Story, uma comédia de humor negro regada a sangue e situada num necrotério, falava do medo que todos temos de morrer só. Graphic foi nossa produção de 2007 e em momento algum explicava objetivamente a dificuldade que temos em sustentar nossas escolhas para uma vida que tenta promover o raro encontro entre prática e felicidade. Hitchcock Blonde não falava de cinema, mas sim de desejo, assim como Nervo Craniano Zero abusava de violência explícita para mostrar três personagens que criavam por vaidade e não por ter algo a dizer.<br /><br />Este uso da obra como metáfora pode parecer corriqueiro, mas há mais do que frequentemente uma compreensão equivocada do que Kantor diz, que não é possível contemplar uma peça de teatro como fazemos com uma pintura, pois vemos concretamente o que está ali. Se esta afirmação pode dar a impressão de que o teatro é um raso reality show, em outro momento o próprio Kantor afirma que em cena deve-se criar uma realidade concreta. A ilusão deve desaparecer como ilusão. Deve sim existir como forma concreta. O efeito especial – no cinema – é potente quando ele não existe, quando não é percebido como efeito, mas sim como a realidade concreta daquele ambiente.<br /><br />Os Catecismos segundo Carlos Zéfiro sustenta esta crença em um espetáculo que, usando entre suas ferramentas o compartilhamento de prazer com o público, não é mera celebração ao onanismo, mas procura ser uma viagem para dentro das ambiguidades causadas pela culpa judaico-cristã na sexualidade em nossa cultura. No entanto, em momento algum eu seria capaz de usar estas palavras de forma tão objetiva assim, pois faria soar como um acadêmico de gravata borboleta discursando a uma comissão de reitores. Não tenho essa ambição, sou antes de mais nada um diretor de teatro e essa não pode ser a forma de meu meio. Sou indireto.<br /><br />Quando estava realizando a pesquisa para a criação do texto teatral desta peça, cheguei em um momento de crise no qual estava preso a uma história real. Só que, ao contrário do que fiz em Manson Superstar (2009/2010), não tinha a intenção de criar um ambiente documental, mas o da realidade fantasiosa que encontra o seu próprio ambiente concreto. Qual a ponte para escapar da realidade documental?<br /><br />Não foi à toa que a crise se estabeleceu antes de minha derradeira entrevista do processo de pesquisa. Foi com Juca Kfouri, o jornalista que se propôs a descobrir a verdadeira identidade do até então elusivo Carlos Zéfiro. Seu desejo e paixão em criar esta aventura para si mesmo tinham a força dramática para evitar a simples exibição do fato.<br /><br />A partir deste elemento criou-se a realidade concreta do espetáculo. Uma realidade que depende menos da mimesis da história real e mais da criação de um novo ambiente mítico onde os personagens – por ventura – são baseados em pessoas que existiram e existem.<br /><br /><br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5588566002979193618'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjed5gjndnY39DsfJdscKDDwBfRfKbyMryH12zu3YK-cl7r1mbmmlN2Uo2F36JgxpUhQ8sUzRQFqb_lyBKgJvX7H0uEU8eW3Y-1ilCPZaJ3xmUzo3E9mOmv-FlofxPPqpIk5ShgeA2a65k/s288/4.jpg' border='0' width='281' height='187' style='margin:5px'></a></center><br /> Foto: Marco Novack.<br /><br />Com o texto em punho e o processo de ensaio com o sinal verde, esta ideia passa a procurar seu caminho ao estado concreto de uma nova realidade através do corpo e voz dos atores e atrizes. O peso da lembrança frequente de que aquilo era uma história real insistia em recair sobre o elenco e a tentação em criar o personagem pela reprodução mimética era grande. Nas notórias palavras de John Ford: entre a realidade e a lenda, mil vezes a lenda. A lenda é em essência a realidade concreta da essência do teatro. Isso se estabeleceu desde Ésquilo e permaneceu pelos tempos reencarnando em Hamlet, em Blanche DuBois, em Dorotéia e também em outras ramificações da narrativa mitológica/dramática como em John Wayne ou Bruce Wayne. E quando a discussão chega em Bruce Wayne ou Hal Jordan ou Peter Parker… cheguei em casa.<br /><br />Carlos Zéfiro era Clark Kent. Um anti-herói com dupla identidade tentando equilibrar os anseios pelo amor de Lois Lane (a vida pacata em família) e seu trabalho como jornalista no Planeta Diário (ou em nosso caso no Ministério do Trabalho) em contraponto às aventuras ao salvar a Terra (no caso de Zéfiro, um mais prosaico apreço por serenatas e mulheres) e seu uniforme costurado em Krypton (o codinome Carlos Zéfiro das revistas).<br /><br />Não é preciso falar sobre as duas identidades de Clark Kent. Tarantino já fez isso o suficiente em Kill Bill. No entanto, temos aqui um ambiente que trafega entre a mitologia dos quadrinhos (pela própria mídia de expressão de Zéfiro), pela dramaturgia típica do melodama hollywoodiano da década de 40 (muitos catecismos eram adaptações de filmes americanos,com a diferença de que suas imagens vão além do fade out após o beijo) e pela narrativa de mistério da busca pela identidade de um anti-herói.<br /><br />Gosto de me apropriar das palavras play/jouer/spielen por suas múltiplas possibilidades de tradução: Jogar ou interpretar ou tocar (um instrumento) ou brincar. Os Catecismos segundo Carlos Zéfiro se encontram nesta linha crepuscular da idade das descobertas da adolescência. Os jogos se transformam em dogmas. A brincadeira se transforma em interpretação. Os atores se inspiram por heróis. Jandir Ferrari e Martina Gallarza explicitam as vozes dos filmes dublados de aventura de nossa infância, mas usando o texto sem vergonha dos catecismos zeferianos. Irene, a amante de Zéfiro interpretada por Clara Serejo, carrega em um momento a voluptuosidade de Mata Hari e, em outro, é puxada à realidade de uma mãe solteira. O dono da banca de revistas, interpretado por Marino Rocha, se inspira no fiel “Q”, trazendo e sustentando Ideias para as missões de James “Carlos Zéfiro” Bond. Este agente-secreto de identidade desconhecida (Rafa de Martins) se alterna entre as aventuras na noite carioca entre garotas e música… e a realidade do trabalho no funcionalismo público brasileiro e a sua solitária esposa. Serrat (Mariana Consoli) é a esposa mais que real, pois escolhe viver no mundo de fadas para não conflitar com o da realidade. Juca (Leandro Daniel Colombo) é o detetive que amarra todos estes suspeitos em uma investigação de Poirot ou Holmes.<br /><br />Com estes ícones em mente, entramos num universo – não tanto como Alice entra na toca do Coelho, mas sim como Indiana Jones entra no templo onde está a Arca da Aliança. Nos resta agora enfrentar o medo das cobras (sem intenção inicial de trocadilho) e eu encaro esta montagem como um particular divisor de águas, ou melhor, um divisor de lodos; um divisor entre o sangue e o sêmen, entre a adolescência e a maturidade, entre o jogo e a concretização de uma fantasia.<br /><br />Paulo Biscaia Filho é diretor da Cia. Vigor Mortis. Escreveu e dirigiu a peça Os Catecismos segundo Carlos Zéfiro, atualmente em cartaz no CCBB-RJ.<br /><br />Informações sobre a Cia. Vigor Mortis no site do grupo: http://www.vigormortis.com.br/home/Home/Home.html<br /><br /><br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5588566007291024962'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFNlufeUCIsrtiUENOVzbRHs2WiNbrW6sMK89utF2tLnsKUJ0Wj78xnOOjq2DV1mUh1sa1PqAe_crDm3vVC5terWkCUu5K_fRhCGf2VJODl6RMfhabCgompjddVVP_y-wMrEMeR4BT-z0/s288/5.jpg' border='0' width='281' height='187' style='margin:5px'></a></center><br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell.<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-44363955590121443492011-03-10T01:06:00.001-03:002011-03-10T10:25:01.718-03:00Zéfiro : Texto do programaSegue abaixo o texto publicado no programa da peça OS CATECISMOS SEGUNDO CARLOS ZEFIRO. A montagem estreia hoje as 19:30 no teatro II do CCBB do Rio de Janeiro e permanece em curta temporada até o dia 10 de abril. <br /><br />-----------------------<br /><br /><br /><br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5582298236990733698'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSlrG7WtIxMZ81_XRRAPW5UoKo1xgUCUyym20LGHfoMGKZMQTP88q0G61eccuQfgZ87hSSR38adXv-ppbYNcCovJVR4kigdJI5JQ3J1NP3ZsozqXRVwet1RqHaaaeZvaJ8xAyipcwy10Q/s288/1.jpg' border='0' width='198' height='281' style='margin:5px'></a></center><br /><br />“DEVAGAR, ZÉ… QUERO SENTIR ENTRAR TUDINHO”<br />(tem certeza que você quer ler o texto do diretor, ou prefere ficar apenas nas frases de sacanagem?)<br /> <br />Em um canto numa tarde com o ar frio de maio que corta Curitiba estava eu. Enquanto que a Clara do outro lado tentando se refrescar do calor carioca. Numa conversa por computador, falávamos de projetos futuros e ela veio com a pergunta: “Você conhece o Carlos Zéfiro?”. Explodi de animação e disse que não só conhecia como já tinha tido vontade de montar algo em teatro sobre ele. Pronto. Estava feito o pacto.<br /> <br />Veio um período de pesquisas, entrevistas, criação de texto, levantamento de produção, ensaios, montagem de cenário, crises existenciais e…<br /> <br />Espera… a coisa não é tão simples e fria assim. Faltam perguntas. A começar por...<br /> <br />Pra que serve isso? Quer dizer… pra que falar do Carlos Zéfiro?<br /> <br />“AI, ZÉ! JÁ GOZEI DUAS VEZES! COMO ESTÁ BOM!”<br />(Se alguém perguntar, você está lendo o texto “cabeça” aqui abaixo. Não essas barbaridades em letras grandes.)<br /> <br />Em poucas palavras, por que ele era um safado e safadeza é comigo mesmo e você está lendo isso porque gosta também de uma sacanagem. Não? Não se culpe. Olhe para o lado e diga com todas as letras: EU GOSTO DE UMA BOA SACANAGEM.<br /> <br />Se você se sentiu mal e não conseguiu falar isso em voz alta para a pessoa do lado, não se preocupe. Você também é normal. Talvez normal até demais.<br /> <br />Falar de sexo numa sociedade essencialmente católica é lidar com discursos tão ricamente contraditórios que fazem do debate algo deliciosamente dramático. O mistério, a culpa, a libertação e a descoberta. São caminhos percorridos por qualquer pessoa que se preza. Essa peça é dedicada a quem não teme punição divina… mas principalmente a quem a teme.<br /> <br />“ASSIM VOU ACABAR TUBERCULOSO. NÃO HÁ PAU QUE AGUENTE TANTA FODA. PUXA!”<br />(Vai me dizer que você começou a ler o texto do tal diretor? Sério? Bom, você que sabe da sua vida.)<br /> <br />Meus princípios como artista vem dos ensinamentos de meus mestres e ídolos. “Dizer o que não se diz. Mostrar o que não se mostra”, me ensinou David Cronenberg. Eis então um estímulo a falar sem medo de uma boa bronha e a revelar as deliciosas garotas do catecismo zeferiano. Não apenas mostrar isso, como encontrar a forma de exposição mais que adequada. Instigante. Como em uma investigação policial ou em uma missão secreta. Essa brincadeira de garoto que está ainda começando os ensinamentos da vida. Num momento brinca de mocinho e bandido e em outro usa uma desculpa furada pra ficar mais uns minutos trancado no banheiro. É uma outra brincadeira: de amiga invisível, mas agora a amiga tem uma forma específica e ela é magistralmente escultural no traço do Carlos Zéfiro.<br /> <br />Esse homem, que se escondia nas madrugadas produzindo revistas de sacanagem entre os anos 50 e 70, inaugurou um mercado (em sua época ilegal - o que deixava tudo ainda mais interessante) que foi seguido pelas revistas masculinas com tarjas pretas nas portas de bancas, pelas fitas VHS na sala especial da locadora e hoje está aí sem mistérios na internet. Mas lá pelos idos de 1960, internet não era nem um sonho. E a matéria que faz os sonhos dos adolescentes estava impressa em papel jornal nas revistinhas de 32 páginas carinhosamente chamadas de catecismos. O nome devia-se não apenas pela aparência de um livreto religioso, mas principalmente pela função … bem… educativa não é a palavra, mas vamos ficar com ela.<br /> <br />Os tempos são outros e - embora a nostalgia sempre nos alimente - o “perigo” do sexo ainda existe. Não só pela culpa cristã, mas também pelo simples fato de que… sexo é complicado.<br /> <br />“PROCURO CARNE, MEU AMOR. CARNE QUENTE, MACIA E CHEIROSA COMO A TUA.”<br />(Se você leu o texto do diretor até aqui então termine agora. Falta pouco.)<br /> <br />E aqui está a trajetória deste homem misterioso. Um verdadeiro James Bond cristão-tupiniquim: com o terno de linho impecável, chapéu panamá, um homem sedutor sempre cercado de mulheres, envolto em segredos proibidos, parceiro de figuras célebres… que depois voltava para o seu lar e sua esposa amada num subúrbio do Rio de Janeiro. Na manhã seguinte acordava cedo e ia até a repartição pública onde se fantasiava de ‘pessoa normal’ - como Clark Kent - para depois, às 17h, bater o ponto e recomeçar sua jornada de herói.<br /> <br />Em cena - e proposto pelo texto - expõem-se: o jogo da(o) amiga(o) invisível, a aventura de espião, a brincadeira de mistério, a culpa-cristã/condição-freudiana imposta pela mãe que grita pra gente sair do banheiro interrompendo tudo isso, mas em especial a diversão e o grande barato que é curtir uma sacanagem zeferiana. Apreciar (é essa a palavra certa?) a beleza da mulher que se esconde nas páginas de um livrinho com apelido religioso.<br /> <br />Então agora relaxe, entre no jogo e curta. Ou melhor, nas sábias palavras de Carlos Zéfiro:<br /> <br />“Esqueçamos tudo e vamos gozar”<br /> <br />Paulo Biscaia Filho<br />(escrito em um ‘cativeiro artístico’ em São Conrado, Rio de Janeiro, Fevereiro e Março de 2011)<br /> <br />“ESTÁ BEM ASSIM? É GOSTOSO? QUER MAIS?”<br />(Ih, tem essa chatice de dedicatória abaixo. Melhor voltar para a parte da sacanagem.)<br /> <br /> <br />P.s.: Obrigado Clara por ter me empurrado pra dentro desse universo de Carlos Zéfiro. Obrigado ao Dani, Mari, Jandir, Martina, Marino e Rafa por se prestarem a dizer essas deliciosas semvergonhices. Grato a equipe que soube ser safadinha.<br /> <br /><br /><br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell.<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div><br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div><br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-89119952993398003042011-03-07T03:13:00.001-03:002011-03-07T03:13:53.084-03:00Click!!<br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5581217351762280978'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6yQF3P0GA4ZJX6F0ricHiHCy3qplWmX2RY7n3oYgCpofhkLGT_X3139a7To1CjtBtrZZBh6nqrI0ik0a4FLqbynT5hq8f7Z6DyTfTh_csKL4-WHbsSESi1uCEhlhmKokpHBZpw9SGI10/s288/1.jpg' border='0' width='281' height='158' style='margin:5px'></a></center><br />Lembrei hoje de algo que meus alunos de direção sempre me xingam pelo meu excesso de objetividade no quesito "como descobri que queria ser diretor". Não tem como negar. Foi algo extremamente simples mesmo. Aqui vai a breve narrativa (para aqueles que se interessam. Afinal é uma história de objetividade extremamente subjetiva em seu conteúdo.) :<br />Em 1982, eu estava na sétima serie do Colégio Anjo da Guarda. Começava a conquistar alguma Independência de ir e vir com a maravilhosa descoberta do ônibus 'Bigorrilho' que saía da praça Tiradentes e parava ao lado de casa. Com esta Liberdade proporcionada pelo transporte publico, comecei a pegar sessões de cinema após a aula e ir pra casa lá pelas quatro da tarde. Gostava de ir, em especial ao Cine Bristol da Mateus Leme, pois era perto da Escola e da casa da Tia Didi, onde eu eventualmente filava um almoço. Gostava deste cinema mais ainda pois ele não tinha porteiros tão rígidos no controle de censura como os do Cine Condor. A diferença de 12 para 14 anos era brutal naquela época e eu perdi de ver Os Caçadores da Arca Perdida em na estreia natalina de 1981 pois o filme era censura 14 anos e estava em cartaz no Cine Condor. No entanto, por conta das 10 indicações ao Oscar, os exibidores resolveram voltar com a película em cartaz em março do ano seguinte. Sorte minha, pois agora estava no Bristol e seria minha chance de ver o filme na tela grande (o VHS estava apenas começando a existir naquela época). A parte que eu prefiro passar por cima, pois é meio idiotinha, é que meu interesse em ver o filme não era tão cinematográfico como era histórico, pois naquele período eu era um entusiasta pela mitologia e estudo do Egito antigo. Com o almoço na Tia Didi no bucho e com a proximidade da primeira sessão as 14:00, me enchi de coragem e passei pelo porteiro do Bristol com a panca de um "adulto" de 14 anos. Oba! Consegui enganar o porteiro! Legal! <br />Vi o filme maravilhado. Com sua energia, com sua narrativa, com seu carisma. E voltei ao cinema outras 10 vezes para rever. Virei motivo de piada na escola por ver tantas vezes o filme e, em meus delírios de principio de adolescência, decidi que seria arqueólogo quando crescesse. <br />Naquele mesmo ano, meu pai me levou em julho para uma super viagem a vários lugares e um deles era Nova York. Lá eu revi Os Caçadores da Arca Perdida pela 11a. vez. mas esta foi especial pois era no gigantesco Ziegfield Theatre. Naqueles mesmos dias ainda vimos juntos o recém estreado E.T., Tron e Poltergeist. La em NY, ganhei de meu pai um pôster do Raiders of the Lost Ark (com arte do Richard Amsel que ainda está pendurado em meu escritório de casa) e um VHS com o making of do filme. <br />Este presente foi o mais importante de minha vida. <br />Vi o documentário mais vezes que o próprio filme e gostava em especial da parte onde o Spielberg dirigia a Karen Allen na cena onde ela faz competição de pinga contra um brutamontes mongol. As imagens mostravam o diretor passando instruções para a atriz e em seguida era exibida a cena definitiva no filme. No resultado não se via de forma tão direta aquele trabalho do diretor. Aquilo me fascinou mais que tudo. <br />Click!!!<br />Eu descobri o que eu queria fazer para o resto da minha vida. <br />Desde então dediquei-me plenamente a este ofício que adoro e que nasceu daquela sessão proibida para menores de 14 anos numa quinta feira as 14 horas de 1982. <br />Às 19:30 do dia 10 de março de 2011, nasce mais um resultado deste "Click": OS CATECISMOS SEGUNDO CARLOS ZÉFIRO. E aqui eu trago muito da empolgação juvenil de quando eu descobri Caçadores da Arca Perdida. Só que direcionados a descobertas mais...digamos assim...noturnas. Esta é minha 25a direção de espetáculo desde que me formei como diretor no Curso de Artes Cênicas. <br /><br />Ainda fico impressionado (e agradecido) ao ver como esta breve seqüência de fatos que acabam definindo toda uma vida. E isso só por causa de um filme de aventuras. Só espero poder criar coisas que façam o mesmo. <br /><br /><br /><br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell.<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-84314925849135730392011-03-05T10:34:00.001-03:002011-03-05T10:48:21.442-03:00Something to rock aboutAntes de mais nada, uma contextualização através de algumas datas-chave:<br /> Em 1994, juntamente com Demian Garcia (compositor das trilhas de Morgue Story e do vindouro NEVERMORE ) integrei uma banda rockabilly chamada Trash Termites. Apesar da curta duração, a banda realizou um show inesquecível no 21 Snooker Bar sobre as mesas de sinuca para uma platéia como poucas vezes se viu. <br />Em 2007 meu aniversário teve a participação da genial banda Bettie and The Bel Airs, onde fiz uma forçosa e constrangedora (anti)contribuição ao cantar(?) Viva Las Vegas. Ver foto:<br /><br /><br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5580588682746554658'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcEEnHbqlnkxtS572vjY_YJYlIq55_qsVhARcMQ1vF2zCcybvYO06_tM8iQt79pMweq0xjEO-KJwx456z4GyavPA9cVZeeQ2FrdqHtHYZxWayvGab2icDD1CEy5IOgaspKX9lR6KtGZ9c/s288/1.jpg' border='0' width='281' height='187' style='margin:5px'></a></center><br /><br />Em 2009, a sensacional banda das garotas do Diabatz entreteve os convidados de meu aniversario de 40 anos com suas melodias nervosas! <br /><br />Pela primeira vez em 12 anos, não estarei na platéia do PsychoCarnival. Pra piorar a situação, não vou lá por que estou no Rio Fucking de Janeiro!!! Ou seja, para uma pessoa como eu(um sujeito mal, ruim da cabeça, doente do pé e chegado num pogo) é o maior pesadelo do mundo. <br /><br />Claro que é por uma boa causa. Estou nos ensaios finais da peça OS CATECISMOS SEGUNDO CARLOS ZÉFIRO que estreia na quinta "de cinzas" nesta baía.<br /><br />Mesmo assim, queria muito estar em Curitiba para ir ao evento de rock mais legal do universo. Já vi bandas muito bacanas nos sets do PsychoCarnival como o Surfin Caramba do Chile e as já mencionadas Diabatz de Curitiba, para mencionar apenas duas. Mesmo quando as bandas são meia boca, a gente sempre se diverte a valer. <br /><br />Por isso, quem estiver próximo dos gélidos paralelepípedos da São Francisco, me faça o favor de dar um pulo violento por mim. <br /><br />Rock and Roll!!!!!!!!!!!!!!<br /><br /><br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell.<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div><br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-56121404754498122662011-03-03T03:25:00.001-03:002011-03-03T03:25:16.538-03:00Deu no Washington Post!<br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5579735957917138146'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjChBHZqgX_JZqyhxSTJ6kLSM29B8Oy6eWEjrL7iTA5YKgjS103UmIU-k3AmJYhmXz-bc0t0OsXD2u3Ns9r_OLy-hnLY95w9LueMMrZCBK9PSccZZLXIIrmOhUhwyIL7B4pMmv4xJs0MAs/s288/1.jpg' border='0' width='281' height='158' style='margin:5px'></a></center><br />Os amigos do Molotov theatre estão estreando esta semana a primeira montagem em língua inglesa da peça Morgue Story - Sangue, baiacu e quadrinhos. <br />A peça fica em cartaz ao longo do mês de março. <br />Ontem, o Washington Post lançou uma nota sobre a estreia que diz:<br /><br />"you might describe Molotov Theatre Group as gutsy. Literally. Shows from the local masters of gory Grand Guignol theater have involved bloody splash zones, lost limbs and even tongue-removal. But the Fringe Festival favorites have outdone themselves with the English language premiere of the Brazilian "Morgue Story," which culminates in a cutthroat fight scene -- performed in the nude." <br />(Pode-se descrever o grupo de teatro Molotov como desagradável. Literalmente. Apresentações destes mestres do horror do Grand Guignol já mostraram platéias com zonas de sangue, membros perdidos e até mesmo uma remoção de língua. Mas estes favoritos do Fringe se superaram com a estreia em inglês do texto brasileiro "Morgue Story", que culmina em uma cena de luta e garganta cortada --- apresentados em nu. " <br />Pena que eu nao vou poder ver a montagem, pois estou compromissado com a estreia no Rio de Janeiro de "Os Catecismos segundo Carlos Zéfiro" e em seguida com os ensaios de Av. Independencia que estreia no teatro Novelas Curitibanas em abril. Amanhã: quem é esse sem vergonha desse Zéfiro? <br /><br /><br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell.<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-42933252704029088072011-03-01T22:37:00.001-03:002011-03-01T23:05:38.003-03:00Discurso de quem?<br /><br /><br /><br /><br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5579290612969510098'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA_N_9FQgKVvAzu9hB69-ezYabULzs5O8i0RgHL4aq_8tJLIommKxA6xgDIP0hmSxpfdLOEnakmU6mhRN-mCtuT529xye6HUYGwRWJl3A9ePlrrWRNYrCWz27mvY445wqKoxwXxqlaoRc/s288/1.jpg' border='0' width='281' height='210' style='margin:5px'></a></center><br /><br /><br />É fato que não dá pra confiar no Oscar. <br />Spielberg disse bem ao entregar o prêmio. Os perdedores se juntariam a Cidadão Kane, ao ET, ao Caçadores da Arca Perdida. E foi elegante em citar filmes célebres que venceram Melhor Filme. Preferiu esquecer os vencedores esquecíveis. <br />Como é o caso do vencedor deste ano. Uma obra descártavel que parece ter sido feita sob encomenda para ganhar o Oscar, em vez de ser uma obra que é fruto da imaginação moldada em anos dedicados ao ofício da linguagem como outros concorrentes na categoria. <br />Em 1980, Mel Brooks, representando a produção de O Homem Elefante, disse serenamente que não se importava com fato do filme ter perdido o Oscar para "Gente como a Gente". "Em 20 anos o vencedor será apenas uma resposta de trivia sobre o Oscar. O Homem Elefante será o filme que as pessoas estarão vendo" <br />A lembrança do seu trabalho, não vem por ter seu nome ligado a listas de prêmios, mas principalmente pelo impacto que sua obra tem na vida de quem vê.<br />Christopher Nolan sabe disso. Darren Arronofsky também. E David Fincher mais que ninguém. Os irmãos Coen? Claaaro? A Pixar? Bem esses a gente pula. <br />A Origem, O Cisne Negro, Rede Social, True Grit e Toy Story 3 estarão marcando as telas pela eternidade. O Rei já morreu faz tempo. <br />O discurso que interessa de verdade não é o discurso do Oscar, mas o discurso narrativo de cada obra. <br /><br />------------------------><br />We gonna raise, trouble, We gonna raise, hell.<br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div><br /><br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-57866566492340261212011-03-01T09:16:00.001-03:002011-03-01T09:16:06.106-03:00Raising hell... AgainDepois de uma longa sabática deste blog, retorno para mais exorcismos espirituais, artísticos e verborrágicos. <br /><br /><center><a href='https://picasaweb.google.com/vigormortis.vsw/SelfExorcist?authkey=Gv1sRgCKeKkpzCp_60Cg#5579084198773958418'><img src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrkfHNq-mFK403kBGnVk7r8hlfvn0Bll2AOC83wbtijmLn3t9ics6rG-LjzgHKb_vOORcj8O1q0JCg-IH1aVB3cIehfy7vRLXrk1_Tc20kwqjseBp2Lre76L8rRmhDVmfEaZCr1ZdRGY0/s288/1.jpg' border='0' width='281' height='158' style='margin:5px'></a></center><br />Aguardem novidades ainda hoje por aqui. E nao esqueçam que dia 10 estreia no CCBB RJ : OS CATECISMOS SEGUNDO CARLOS ZÉFIRO. <br /><br />.......................<br /><br />We gonna raise, trouble,<br />We gonna raise, hell.<br />We gonna fight, brother,<br />Raise, hell.<br />...<br /><br /><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-5090827259651996622008-09-22T01:20:00.003-03:002008-09-22T01:24:32.936-03:00Total Eclipse of the HeartPrimeira coisa. Que fique bem claro que eu curto essa música. Verdade. Ela é legal. Atire a primeira pedra quem nunca se pegou cantando "I really need you tonight!!!" <br /><br />Mas pelo amor de Deus, alguém me explique se isso é uma comédia muito louca, um fantástico videoclipe ou o filme de terror mais assustador de todos os tempos. <br /><br /> <object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/840B27zYfOk&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/840B27zYfOk&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Dá-lhe Bonnie! <br /><br />em breve volto com posts mais pessoais e mais manifestações de desespero contra pessoas que falam no cinema.<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-37057001548091922872008-08-13T13:54:00.004-03:002008-08-13T13:55:41.796-03:00Fechado para edição<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzYCoFNmUchMkuLWSMFdQ04PpMPEpS6FuuwjrdKqC7vyDis3jKO7uDA0sCR9HzsH67Clb_brqhgaRy7w6nclRB-csd_XgWPvSdS4Fe5TDiC275SduGQ6FrXx-7oH7EqFblqJiR8w3GrCI/s1600-h/Picture+1.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzYCoFNmUchMkuLWSMFdQ04PpMPEpS6FuuwjrdKqC7vyDis3jKO7uDA0sCR9HzsH67Clb_brqhgaRy7w6nclRB-csd_XgWPvSdS4Fe5TDiC275SduGQ6FrXx-7oH7EqFblqJiR8w3GrCI/s320/Picture+1.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234046973872407010" /></a><br />Morgue Story. Primeiro Corte. Quase pronto. Quase... quase mesmo...<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-38505324645888419482008-07-24T14:15:00.004-03:002008-07-24T14:19:00.166-03:00HITCHCOCK BLONDE is back!!! and this time, it's personal...gostei de fazer trailers. estão fiz mais um para a reestréia de HITCHCOCK BLONDE <br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/iJJ758T4wu4&hl=en&fs=1"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/iJJ758T4wu4&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" wmode="transparent" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Hitchcock Blonde<br />de 24 de julho a 17 de agosto<br />de quarta a sábado às 21h. Domingos às 19h<br />sessão extra dia 13 de agosto (aniversário de Hitchcock) às 21h.<br /><br />Ingressos<br />Quintas e quarta(13/08): R$5,00 e R$2,50<br />Sexta: R$10,00 e R$5,00<br />Sábado e domingo: R$14,00 e R$7,00<br /><br />Teatro José Maria Santos<br /><br />realização: Vigor Mortis<br />Texto: Terry Johnson<br />Tradução, direção e vídeos: Paulo Biscaia Filho<br />Elenco: Edson Bueno, Rafaella Marques, Chico Nogueira, Michelle Pucci, Marco Novack e Mariana Zanette<br />Sonoplastia: Marco Novack, Paulo Biscaia Filho e Demian Garcia<br />Iluminação: Wagner Correa<br />Cenário: Guilherme Sant’ana<br />Figurinos: Mariana Zanette e Amábilis de Jesus<br />Adereços: Aorélio Domingues<br />Produção: Tânia Araújo<br />informações adicionais : www.vigormortis.com.br<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-37799537180999683222008-07-20T21:10:00.000-03:002008-07-20T21:11:50.507-03:00Morgue Story - teaser trailerum trailer vale mais do que mil palavras<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/zDXpGNk98o4&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/zDXpGNk98o4&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-51073931600066935162008-07-10T00:09:00.003-03:002008-07-10T00:21:45.139-03:00Morgue Story - making ofI was born to do this. <br /><object width="425" height="350"> <param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tQDIZs8HAVU"> </param> <embed src="http://www.youtube.com/v/tQDIZs8HAVU" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="350"> </embed> </object><br />Por mim eu faria uma cena dessas todos os dias. <br />Wagner Corrêa e Anderson Faganello pelo meu monitor durante as gravações de Morgue Story. <br />4 litros de sangue cênico foram gastos hoje. <br />Vibração total da equipe. Perdoem o tremor da câmera de making of causada pelos risos do continuista Ozz que operava o aparelho na hora. <br />As gravações vão até o dia 20. Até lá, esse deve ser o único post que terei tempo de fazer. <br />Depois disso, coloco mais alguma coisa do making of na rede como um sneek peek. <br /><br />Em tempo: além de ter realizado este desejo de fazer um evil dead próprio, hoje tive meu momento Ed Wood realizado. Pedi para o Dani (o Dr. Daniel Torres do filme) ficar transtornado. Ele fez uma cara terrivelmente transtornada. E eu disse... "menos transtornado, Dani"... reproduzindo assim a clássica seqüência do filme de Tim Burton quando Ed Wood dirige Bela Lugosi. <br />Eu e o Dani rimos 5 minutos seguido depois disso. E ele depois fez a cena maravilhosamente.<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-55335701932335657372008-07-01T23:55:00.002-03:002008-07-02T00:01:23.207-03:00Graphic - bye bye<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://lh3.ggpht.com/vigormortis.vsw/SDpCqLIoCjI/AAAAAAAAATg/_Ucmt18_DFA/IMG_4319.jpg?imgmax=576"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px;" src="http://lh3.ggpht.com/vigormortis.vsw/SDpCqLIoCjI/AAAAAAAAATg/_Ucmt18_DFA/IMG_4319.jpg?imgmax=576" border="0" alt="" /></a><br /><br />Every time, we say goodbye... I die a little. <br /><br />Bom, agora vai morrer de vez. Foi uma delícia conceber, dirigir, criar o que foi a primeira legítima criação em grupo da Vigor Mortis. Mas sempre chega a hora de dizer adeus. Continuamos na nossa Road to Nowhere. <br /><br />"<br />A Vigor Mortis apresenta a temporada de despedida de "Graphic". A premiada montagem da companhia curitibana sairá de repertório após as apresentações entre os dias 4 e 6 de julho no Teatro Regina Vogue. <br />Foi uma carreira de sucesso com diversas temporadas pelo Brasil, incluindo Rio e São Paulo, onde a montagem teve mais apresentações que Curitiba! Então não perca esta última oportunidade de encontrar ou reencontrar Artie, Becca e Raf. <br /><br />Serviço:<br />peça: Graphic<br />Companhia Vigor Mortis <br />texto, videos e direção: Paulo Biscaia Filho<br />elenco: leandrodanielcolombo, Rafaella Marques, Carolina Fauquemont<br />cenografia: guilherme sant´ana<br />desenhos: dw, José Aguiar e Carolina Fauquemont<br />stencils: Juan Parada, Olho e Claudio Celestino<br />iluminação: Wagner Corrêa<br />Figurinos: Mariana Zanette<br />ONDE: Teatro Regina Vogue - Shopping Estação<br />QUANDO: de 4 a 6 de julho às 21h<br />QUANTO: Inteira R$15,00 e meia R$7,50. <br />Informações adicionais:<br />www.vigormortis.com.br "<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-70244097170630388772008-06-23T09:02:00.002-03:002008-06-23T09:07:35.192-03:00Eu quero uma Barbie<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.omelete.com.br/images/galerias/barbie/ospassaros.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px;" src="http://www.omelete.com.br/images/galerias/barbie/ospassaros.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Olha isso aí. Sou completamente contra a Barbie e tudo o que ela significa, além é claro de ser macho pra caralho!!!! <br />... Mas isso aí tá simpático. <br />Meu aniversário tá chegando, então fica a sugestão.<br /><br />(foto de notícia publicada hoje no Omelete)<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-16505596798934093002008-06-07T10:11:00.003-03:002008-06-07T10:36:09.726-03:00Shhhhhh!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.the-reel-mccoy.com/movies/1999/images/austin_sh.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px;" src="http://www.the-reel-mccoy.com/movies/1999/images/austin_sh.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />É o fim da civilização e de toda noção de ordem como nós conhecemos. <br />Na quinta fomos ao Cineplex Batel para ver um filme de incestos e assassinatos com a Julianne Moore. Filme OK, só que não tem absoluta nenhuma utilidade artística, política ou com "fun factor". <br />Isso não é a questão. Leia post sobre Kaspar Hauser Pós moderno novamente. <br />Chegamos e sentamos nas confortáveis cadeiras. No cinema só havia nós outros três casais. Todos eles, menos a gente, conversando. Alto. O casal atrás da gente não apenas conversava como ficava constantemente se ajeitando na cadeira chutando as minhas costas sem nenhum pudor. Mudamos de lugar. Fomos para fileiras mais atrás e sentamos na mesma fila de um outro casal. Logo percebemos que este casal também conversava durante o filme sem parar e sem controle de volume vocal. Mariane fez um justificado "Shhh". Eles pareceram se comportar mais um pouco. Apesar dos inúmeros pacotes de guloseimas devorados vorazmente. <br />Em um certo momento do filme, eu percebo uma movimentação peculiar na área do outro casal na mesma fila. O sujeito levantou três braços fazendo para si um gigantesco loveseat e repousou sua cabeça sobre o braço que por sua vez estava no colo de sua amada. O resultado visual disso fazia com que ele parecesse uma versão grotesca da Olympia de Manet.<br />Ao sair do cinema, pagamos o estacionamento e no caminho pela praça em direção ao carro vimos o casal novamente. Ao passar por nós o sujeito, num ato de desprezo e falta de discernimento, faz um longo e exagerado "SHHHH" para a gente. E começa a subir a escada rolante. <br />Normalmente eu riria e não faria nada, mas não me agüentei e fui atrás dele. <br />No topo da escada rolante, ele começa a querer tirar a jaqueta puxando pra briga. Juro. <br />E eu disse : "Você tá vendo alguém levantar punho aqui, rapaz? Só quero entender como você não vê que conversa incomoda no cinema". "Eu converso onde eu quiser", disse ele. "No cinema não", respondi o óbvio. Foi aí que a namorada dele disse algo que acabou comigo. "Mas todo mundo no cinema tava conversando!"<br /><br />Era verdade. <br /><br />Nós éramos minoria. <br />O que nos resta então? Aceitar que a barbárie já chegou? Ou continuar fazendo shhh. <br />Mas como diria Seinfeld.: "I am not a Shushee, I am a shhusher".<br />Seríamos nós então dinossauros de tradições perdidas? Ficar quieto no cinema é fora de moda? Pedir para alguém ficar quieto para que eu possa prestar atenção no filme é um chamado de guerra? <br /><br />Prefiro acreditar que não. <br />Pelo contrário. <br />Acho que de agora em diante vou entrar no cinema, olhar nos olhos de toda a platéia e soltar um sonoro: <br />SHHHHHHH!!!<br /><br />Se é pra gente ser o louco que não se encaixa na sociedade, então vou levar isso às últimas conseqüências. <br />Se é pra gente ser a TFP new generation, então vou ser fascista. <br /><br />Essa é a vontade do demônio da perversidade. <br /><br />Só que tudo é tão mais simples. Não tem nada a ver com bem/mal, mas sim com ... bom senso.<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-57758180910867661102008-06-01T13:37:00.004-03:002008-06-01T14:08:15.539-03:00Melange Nipônica<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.gomorrahy.com/images/machine_girl_combo01.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px;" src="http://www.gomorrahy.com/images/machine_girl_combo01.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Ontem eu vi aqui na tela de meu lindo iMac o filme Machine Girl (ou Mashin Gâru, como preferir). Peguei o filme de uma daquelas fontes que não ousam dizer seu nome como um dos torrents (opa! me entreguei) mais hypados do ano. <br />O filme é uma mistura de <br /><br />KILLBILL+EVIL DEAD + POWER RANGERS + Algumas coisas (quem tiver visto, colabore aqui com outras referências encontradas, que não são poucas) <br /><br />Não é um novo Cidadão Kane, isso é certo, mas é bem divertido. Listo aqui algumas de minhas seqüências favoritas do que testemunhei ontem nesta tela onde escrevo: <br />- Ami, a Machine Girl do título, briga com uma dona de casa maníaca que enfia seu braço primeiro em uma mistura de ovos e farinha para depois fazer um Tempurá do braço da heroína. Sem metáfora nenhuma nisso. <br />- Num momento POwer Rangers, Ami e Miki lutam contra um grupo de pais de capangas mortos por elas em lutas anteriores. Estes pais, devidamente uniformizados e armados fazem uma coreografia de apresentação e se auto intitulam algo como "A Super Gangue Carpideira", ou "A Super Gangue dos Pais Lamentadores". <br />- Por fim, o "soutien-furadeira" da bandida. Preciso dizer mais? <br /><br />O filme tem problemas de sobra. Ele parece não se levar a sério, mas não se leva a sério o suficiente para o seu próprio bem. <br /><br />Agora, uma coisa me deixou fascinado: a personagem Miki. Ela ajuda nossa heroína Ami a matar a família da Yakuza que matou o irmão de Ami e o filho de Miki. Bem, o filho de MIki é pra ter uns 15 anos pelo menos. E Miki é uma baita duma japa gostosa, com o perdão da misogenia rápida - porém socialmente necessária. Até aí tudo bem, mas ela era muito nova mesmo pra ter um filho de 15 anos. Uma pesquisa rápida no IMDB e eu descubro que Asami, a atriz que faz Miki, tem 23 anos. Ou seja, pelos cálculos ela teve o filho com 7 anos. <br />Isso me deixa muito preocupado com a cultura japonesa. 23 anos já é idade de "mulher passada"? <br />Lembro de uma frase divertida do péssimo filme "Clube das Divorciadas", onde Goldie Hawn que faz uma estrela hollywoodiana diz: "Existem apenas três idades em Hollywood: Gatinha, Promotora e ConduzindoMissDaisy." <br />Pelo jeito a idade "promotora" no Japão está mais baixa do que o normal. <br /><br />Enfim, choques à parte, vejam Mashin Gâru que tem coisas de sobra para "diversão testosterônica".<br /><br /><br />Em tempo: li algumas críticas ao Kill Bill Vol. I que diziam que o filme era uma longa piada do "Cavaleiro Negro" no Monty Python em Busca do Cálice Sagrado. O mesmo pode ser dito deste filme. Sangue esguicha por tudo e de todas as formas, mas com preferência para o modo "Mangueira-regando-as-plantas". Lembrei da Tânia Araújo limpando o sangue de cena no Hitchcock Blonde. Tadinha. Se ela visse esse filme, ficava traumatizada de vez pensando em quem ia limpar tudo aquilo. Calma Tânia, eles tem um pequeno exército de gueixas armadas com esfregões e Veja Limpeza Pesada quando gritam "Corta!"-- sem nenhum trocadilho aqui.<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-65324586805708196912008-05-23T09:46:00.004-03:002008-05-23T09:52:53.231-03:00Ontem eu fiz 13 anos...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPaVugsaReFOq25R1hIlmIqf4VoOuLtVDCcbW6WJsz0zlf6guhg9fjI_Acae4XlVda2bIha2zCohdpt5gOOi-kTtG63Uyt9mY8cvmC7D56zsESKuhqeYMlXzLVouqNHbZB-LSf1VzQLUE/s1600-h/bfindy.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPaVugsaReFOq25R1hIlmIqf4VoOuLtVDCcbW6WJsz0zlf6guhg9fjI_Acae4XlVda2bIha2zCohdpt5gOOi-kTtG63Uyt9mY8cvmC7D56zsESKuhqeYMlXzLVouqNHbZB-LSf1VzQLUE/s320/bfindy.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5203554363303790018" /></a><br />... quando sentei no cinema para Ver Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal. Já coloquei em posts anteriores que o Caçadores da Arca Perdida foi a porte de entrada para compreender a linguagem de cinema, de direção, etc.. Então ver o filme foi como retornar ao começo. Logo nas primeiras cenas me senti literalmente rejuvenecido. Como se eu fosse um garoto na matinê do Cine Condor. Poderia até escrever meus comentários sobre o filme, mas análises frias não cabem aqui. É preferível ficar com a sensação causada pelo estalar do chicote. Ela é indescritível, mas fala muito.<br />Agora volto à realidade e aguardo agosto quando farei três vezes o número do título, mas se eu continuar ativo como o velho Indy... tudo bem.<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-47802830830779713732008-05-06T13:32:00.005-03:002008-05-06T13:52:40.192-03:00Post Modern Kaspar Hauser<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglbWK6xSBguqs9OMvSOFtNrRXbJMGMxrOOiRxTPfTP0OGv0c8I9cpKDoI5dY1NQ6MIKxUOvDj_evMBHhhqC-GDSD3pq7r9tPW6UR5sBjuDwzFZG441ANIRrFmwvU13uDIj0PMKxxt-tEE/s1600-h/Kaspar_hauser.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglbWK6xSBguqs9OMvSOFtNrRXbJMGMxrOOiRxTPfTP0OGv0c8I9cpKDoI5dY1NQ6MIKxUOvDj_evMBHhhqC-GDSD3pq7r9tPW6UR5sBjuDwzFZG441ANIRrFmwvU13uDIj0PMKxxt-tEE/s320/Kaspar_hauser.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197308739667800290" /></a><br />A cena de abertura do filme "24 Hour Party People" de Michael Winterbottom tem uma frase célebre. Depois de mostrar o protagonista fazendo um vôo de asa delta, ele cai no mato e vai até a câmera. Olha para a lente e diz algo assim: <br />- Essa cena que vocês viram representa muito bem a história que vou contar. Só vou dizer uma palavra: "Ícaro"... Se você entendeu, ótimo. Se não entendeu, tudo bem... mas você devia ler um pouco mais. <br /><br />As últimas semanas foram cansativas, mas ao mesmo tempo reveladoras sobre alguma situação da humanidade hoje em dia. Ontem em aula mostrei uma cena de Psicose e perguntei quem já tinha visto o filme? Apenas um levantou a mão. Ao mostrar a cena do chuveiro, um dos alunos perguntou: " E quem mata ela?" . " A Mãe", eu respondi com um sorriso. Ao ver a cara de perplexidade, insisti: " E você sabe quem é a mãe, não?". E a resposta foi com uma cara ainda mais perplexa... "Não".<br />"MEU DEUS!!! O que você esteve fazendo com a sua vida?", não agüentei e falei.<br />E eu não estou falando de alunos desprovidos de possibilidades de informação. Não. Muito pelo contrário. <br />Mas mesmo assim, me senti estar frente a frente de um Kaspar Hauser Pós moderno. <br />Outro dia conversei com um cara e perguntei, "Você viu 'um corpo que cai'"? E a resposta foi novamente "não". Até aí tudo bem, ninguém é obrigado. Mas o não veio acompanhado de "Eu não gosto muito de filmes de terror."<br />Wie bitte? <br />Seria então possível ouvir a frase "Nunca ouvi falar da Mona Lisa. Não gosto muito de Pintura" ou então "Nunca ouvi o Requiem de Mozart. Não gosto muito de música." <br />Temos quantidades tsunâmicas de DVDs, além de wikipedia, 200 canais de TV... e tudo isso serve apenas para ser descartado. <br />Quando era garoto, o cinema hollywoodiano fazia um ou dois grandes blockbusters por ano. Um Tubarão, Um Ghostbusters... agora são pelo menos 20. O Homem de Ferro faz um puta sucesso, mas na semana que vem ninguém mais se lembra do filme e já quer outra coisa. Nada é absorvido. Nenhuma reflexão é feita, nem que seja sobre a interpretação do Robert Downey Jr. <br />Vivemos em uma era fast food e nem mesmo nos lembrados se pedimos o número 1 ou o número 2. <br />E não sou nenhum Harold Bloom. Sou aquele personagem daquele filme meia boca "IDIOCRACY" que num futuro dominado por pessoas com q.i. abaixo de 60 salva a humanidade ao diagnosticar que as plantações estavam morrendo porque elas estavam sendo regadas com Gatorade. <br />Talvez o Kaspar Hauser esteja invertido. Eu e mais alguns poucos companheiros vamos à praça qualquer dia desses com uma carta na mão. <br />Não entendeu? <br />Vai ver o filme do Herzog ou pelo menos leia na <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Kaspar_Hauser">wikipedia quem foi Kaspar Hauser</a><div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-77944716897348922582008-04-28T14:00:00.005-03:002008-04-28T14:20:06.453-03:00To Be or Not To Be<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAOtfa_vwHEHi7_K7umEz1qyyOflz4_48XhpmGG9LxasEJyk58kbrD3j0HEV-YnAKjPYrrYrG5leSdWGt7p94CVXxsoZfK8CDgeMV2mmQzSjmLTJRqiDdCraaBDygyFwbGJi5VQcFDkMw/s1600-h/To_Be_Or_Not_To_Be_1983.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAOtfa_vwHEHi7_K7umEz1qyyOflz4_48XhpmGG9LxasEJyk58kbrD3j0HEV-YnAKjPYrrYrG5leSdWGt7p94CVXxsoZfK8CDgeMV2mmQzSjmLTJRqiDdCraaBDygyFwbGJi5VQcFDkMw/s320/To_Be_Or_Not_To_Be_1983.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5194343962398077138" /></a><br />Hoje de manhã tirei folga. Coisa rara e portanto cheia de méritos. <br />Vi deitado na cama "Sou ou Não Sou" com o Mel Brooks e a Anne Bancroft.<br />Na cena final, um bando de artistas poloneses escapam dos nazistas em um avião e rumam para a Inglaterra, porém a bússola quebrou e o destino é incerto. Quando o avião pousa, o personagem de Brooks, que está fantasiado de Hitler, entra em um pub cheio de ingleses cantando alegremente com suas pints e com aquele bigodinho indaga:<br />"- Aqui é a Inglaterra?" <br />Tive um acesso de riso de cinco minutos. Daqueles de ter que ficar limpando as lágrimas de tanto rir. Mas depois eu me perguntei: "Quem mais riria dessa piada hoje? Será que esse humor ficou datado?" . Será que a informação histórica está datada? Será que as pessoas não sabem mais quem são Cecil B de Mille, os macaquinhos do espaço e Gertrud Stein? <br />Tudo se consome muito rápido hoje. Nunca achei que fosse dizer isso, mas... acho que estou ficando anacrônico. <br />Porém me recuso a aceitar isso. Eu não envelheço, eu faço upgrades.<br /><br />p.s.: lembro-me da primeira vez que vi esse filme anos atrás junto com meu pai numa sessão de um sábado à tarde no cine Plaza. Era garoto. E não tinha entendido. Achei o filme sem graça. Mas não tinha a referência direito ainda. Portanto reforço a afirmativa: faço upgrades.<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-17572044647753434392008-04-13T22:00:00.002-03:002008-04-13T22:03:38.782-03:00reflexão e açãoA divulgar amplamente para reflexão e ação. Um texto ótimo do Sarkovas que chegou a minha caixa de email hoje. <br /><br />"Por que insistir em um modelo insustentável?<br />YACOFF SARKOVAS<br /><br />A cultura e as artes movimentam parte significativa da economia<br />planetária. As indústrias criativas crescem para alimentar uma demanda inesgotável por estética, símbolos, lazer e entretenimento. Porém, os recursos gerados por este vasto mercado de consumo não suprem a diversidade e complexidade da cultura, comportando outras três fontes de financiamento, distintas e complementares:<br /><br />- o Estado, que tem a responsabilidade de fomentar a criação e a<br />fruição artística e intelectual, bases do progresso humano - o investimento social privado, evolução histórica do mecenato, pelo<br />qual cidadãos e instituições privadas tornam-se agentes do desenvolvimento da sociedade - o patrocínio, estratégia empresarial para tornar as marcas mais próximas e envolventes, com maior afetividade, credibilidade, relevância e reputação junto a seus públicos de interesse.<br /><br />No Brasil, o sistema de financiamento público às artes baseado em<br />dedução fiscal emaranhou estas fontes, subvertendo suas lógicas, pervertendo seus agentes e, de quebra, confundindo a opinião pública.<br /><br />No mês de março, profissionais de teatro foram a Brasília apoiar<br />uma legislação que também canaliza recursos para a área por dedução fiscal, um modelo econômica e socialmente insustentável. Vamos imaginar que os médicos reivindiquem poder investir, por critérios próprios, um naco do imposto na saúde pública; os educadores, para manter abertas escolas públicas; as empresas de transporte, para criar estradas exclusivas; e -por que não? -, cada cidadão reter outro tanto do imposto para montar seu próprio esquema de segurança. Bastaria um punhado de categorias adotar esta lógica para não haver mais imposto a recolher. Por conseqüência, poderíamos suprimir o Estado e dispensar os governos.<br /><br />Tomar posse de dinheiro público para destiná-lo por critérios<br />individuais e privados é um ato anti-republicano. Desinformados e iludidos pela justa perspectiva de injetar recursos no seu campo de atividade, muitos artistas e produtores ajudam a propagar o câncer do incentivo fiscal, em vez de lutar por políticas e fundos de financiamento direto do Estado, regidos por critérios técnicos e públicos.<br /><br />Esse modelo de dedução fiscal à cultura, único no mundo, foi criado<br />pela Lei Sarney, em 1986 - substituída pela Lei Rouanet por Collor, em<br />1991-, ampliado com a Lei do Audiovisual por Itamar, em 1993, e replicado por municípios e Estados via dedução no ISS, IPTU e ICMS. Fomentadas por ignorância, no governo FHC, e mantidas por incompetência, no governo Lula, as leis de incentivo mobilizarão, neste ano, mais de R$ 1 bilhão. Recursos integralmente públicos que financiam somente a parcela da produção artística que desperta o interesse das empresas.<br /><br />A dedução fiscal gera produção cultural porque distribui dinheiro,<br />não por ser lógica ou justa. É uma forma prática de obter recursos sem enfrentar disputas no orçamento público. Nada tem a ver com patrocínio ou investimento privado de verdade. Empresas promovem ações sociais, ambientais, culturais, esportivas, de entretenimento e comportamento como estratégia eficaz, saudável e rentável de valorizar marcas e fortalecer relacionamentos. Por isso, em todo mundo, investem seus próprios recursos institucionas, de marketing e comunicação.<br /><br />Em outros países, incentivo fiscal é somente lançar as<br />contribuições à cultura como despesa na declaração de renda. Ou seja, é poder doar dinheiro do próprio bolso sem ser sobretaxado por isso. No Brasil, a Lei do Audiovisual permite dedução integral no imposto a pagar e, ainda, o abatimento como despesa, reduzindo o imposto acima do valor aplicado. O resultado é um ganho real de mais de 130% ao "investidor", sem risco. Espectadores-cidadãos não se dão conta que as marcas que aparecem na abertura dos filmes brasileiros são de empresas que ganham dinheiro público<br />para fingir que são investidoras culturais e decidir que aquele filme, e não outro, deva ser produzido. Em vez de exigir o fim deste escândalo, setores do teatro reivindicam "equiparação de benefícios".<br /><br />É certo que o Estado brasileiro consome 50% do PIB e pouco do que<br />devolve tem valor reconhecido pela sociedade; é compreensível que os brasileiros desconfiem que os nossos governos sejam regidos pela corrupção.<br />Mas não corrigiremos mazelas históricas subtraindo recursos e<br />responsabilidade públicas para distribuí-las a interesses privados.<br /><br />Melhor seria lutar para reduzir a carga tributária, para benefício<br />da sociedade civil, e ajudar a construir um Estado mais eficaz, com<br />capacidade de formular e implementar políticas públicas, financiando<br />diretamente as ações por princípios republicanos."<br /><br />YACOFF SARKOVAS, especialista em atitudes de marca e presidente da Significa<br />e da Articultura.<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6523815716676242331.post-24108221316747396802008-04-10T03:30:00.002-03:002008-04-10T03:32:14.997-03:00GroovySó pra lembrar o porquê de fazer Morgue Story no teatro e agora um longa metragem:<br /><br />"Ana Argento - Eu adoro o Bruce Cambbell com aquela serra elétrica na mão. Ele é pra mim a essência de tudo o que eu mais admiro em um homem: bacana, violento... e um pouco idiota" <br /><br />GROOVY! <br /><br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Qr4PcOQYFAw&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Qr4PcOQYFAw&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object><br /><br />Hail to the king, baby!<div class="blogger-post-footer">o exorcista agiu!</div>Vigor Mortishttp://www.blogger.com/profile/05088399827984995800noreply@blogger.com2