domingo, 1 de junho de 2008

Melange Nipônica


Ontem eu vi aqui na tela de meu lindo iMac o filme Machine Girl (ou Mashin Gâru, como preferir). Peguei o filme de uma daquelas fontes que não ousam dizer seu nome como um dos torrents (opa! me entreguei) mais hypados do ano.
O filme é uma mistura de

KILLBILL+EVIL DEAD + POWER RANGERS + Algumas coisas (quem tiver visto, colabore aqui com outras referências encontradas, que não são poucas)

Não é um novo Cidadão Kane, isso é certo, mas é bem divertido. Listo aqui algumas de minhas seqüências favoritas do que testemunhei ontem nesta tela onde escrevo:
- Ami, a Machine Girl do título, briga com uma dona de casa maníaca que enfia seu braço primeiro em uma mistura de ovos e farinha para depois fazer um Tempurá do braço da heroína. Sem metáfora nenhuma nisso.
- Num momento POwer Rangers, Ami e Miki lutam contra um grupo de pais de capangas mortos por elas em lutas anteriores. Estes pais, devidamente uniformizados e armados fazem uma coreografia de apresentação e se auto intitulam algo como "A Super Gangue Carpideira", ou "A Super Gangue dos Pais Lamentadores".
- Por fim, o "soutien-furadeira" da bandida. Preciso dizer mais?

O filme tem problemas de sobra. Ele parece não se levar a sério, mas não se leva a sério o suficiente para o seu próprio bem.

Agora, uma coisa me deixou fascinado: a personagem Miki. Ela ajuda nossa heroína Ami a matar a família da Yakuza que matou o irmão de Ami e o filho de Miki. Bem, o filho de MIki é pra ter uns 15 anos pelo menos. E Miki é uma baita duma japa gostosa, com o perdão da misogenia rápida - porém socialmente necessária. Até aí tudo bem, mas ela era muito nova mesmo pra ter um filho de 15 anos. Uma pesquisa rápida no IMDB e eu descubro que Asami, a atriz que faz Miki, tem 23 anos. Ou seja, pelos cálculos ela teve o filho com 7 anos.
Isso me deixa muito preocupado com a cultura japonesa. 23 anos já é idade de "mulher passada"?
Lembro de uma frase divertida do péssimo filme "Clube das Divorciadas", onde Goldie Hawn que faz uma estrela hollywoodiana diz: "Existem apenas três idades em Hollywood: Gatinha, Promotora e ConduzindoMissDaisy."
Pelo jeito a idade "promotora" no Japão está mais baixa do que o normal.

Enfim, choques à parte, vejam Mashin Gâru que tem coisas de sobra para "diversão testosterônica".


Em tempo: li algumas críticas ao Kill Bill Vol. I que diziam que o filme era uma longa piada do "Cavaleiro Negro" no Monty Python em Busca do Cálice Sagrado. O mesmo pode ser dito deste filme. Sangue esguicha por tudo e de todas as formas, mas com preferência para o modo "Mangueira-regando-as-plantas". Lembrei da Tânia Araújo limpando o sangue de cena no Hitchcock Blonde. Tadinha. Se ela visse esse filme, ficava traumatizada de vez pensando em quem ia limpar tudo aquilo. Calma Tânia, eles tem um pequeno exército de gueixas armadas com esfregões e Veja Limpeza Pesada quando gritam "Corta!"-- sem nenhum trocadilho aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente a cena do tempurá é sensacional!!!
Dentre algumas referências,lembrei-me de Crippled Masters,em seu treinamento pós-aleijatório, o sutiã furadeira é bem parecido com o pênis furadeira de Tetsuo,The Iron Man e os fartos blood splatterings seguem a linha de filmes asiáticos mais atuais,como Versus e Ichi the Killer(esse eu acho foda!)
É só não levar a sério que dá pra divertir bastante!