segunda-feira, 28 de abril de 2008

To Be or Not To Be


Hoje de manhã tirei folga. Coisa rara e portanto cheia de méritos.
Vi deitado na cama "Sou ou Não Sou" com o Mel Brooks e a Anne Bancroft.
Na cena final, um bando de artistas poloneses escapam dos nazistas em um avião e rumam para a Inglaterra, porém a bússola quebrou e o destino é incerto. Quando o avião pousa, o personagem de Brooks, que está fantasiado de Hitler, entra em um pub cheio de ingleses cantando alegremente com suas pints e com aquele bigodinho indaga:
"- Aqui é a Inglaterra?"
Tive um acesso de riso de cinco minutos. Daqueles de ter que ficar limpando as lágrimas de tanto rir. Mas depois eu me perguntei: "Quem mais riria dessa piada hoje? Será que esse humor ficou datado?" . Será que a informação histórica está datada? Será que as pessoas não sabem mais quem são Cecil B de Mille, os macaquinhos do espaço e Gertrud Stein?
Tudo se consome muito rápido hoje. Nunca achei que fosse dizer isso, mas... acho que estou ficando anacrônico.
Porém me recuso a aceitar isso. Eu não envelheço, eu faço upgrades.

p.s.: lembro-me da primeira vez que vi esse filme anos atrás junto com meu pai numa sessão de um sábado à tarde no cine Plaza. Era garoto. E não tinha entendido. Achei o filme sem graça. Mas não tinha a referência direito ainda. Portanto reforço a afirmativa: faço upgrades.

Um comentário:

Anônimo disse...

O problema é que, agora, a pessoas acham graça de tudo. Ficou banal.

§

Com relação aos "upgrades", também os faço com frequência. Pena que o mundo pareça não entender esse tipo de necessidade. Muita gente ainda pensa como 386 e imprime as sensações na matricial.