segunda-feira, 31 de março de 2008

Ab insídiis diáboli, libera nos, Dómine.


Terminou este festival. Foi ótimo, mas desgastante. E o alívio é imenso. Um gigantesco demônio que se criava dentro de mim faz nove anos foi exorcizado totalmente. Mas para fazer isso, olhei para o rosto de diversos outros que tentam entrar.
Tinha escrito um post enorme falando disso, mas pareceu-me apenas abrir as portas para fazê-los entrar.
"Vaidade, meu pecado favorito". Dizia Al Pacino em Advogado do Diabo. Ele tinha razão.
Vamos fechar esta sportas e fazer com que esses novos capetas fiquem de fora. Chega de subjetividades excesivas que acabam por objetivar pessoas. A arte tem isso em sua forma. É duro
O Trabalho de verdade começa agora.
Garotas Vampiras Nunca Bebem Vinho volta em cartaz dia 3 de abril no Mini.
Hitchcock Blonde entra em cartaz no ACT dia 16 de abril
Tem muita coisa a fazer e não dá pra ficar se preocupando com atmosferas malignas criadas em eventos como esse. Paradoxais em sua essência, mas necessários para amadurecer. Aprendi isso na carne.

Em tempo: Fui ver O NATIMORTO. Bortolotto e Mutarelli me deram grande momentos de prazer na platéia.
E uma frase que faz com que Marguerite Duras morra de inveja.
- A vida é uma doença fatal... E sexualmente transmissível.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sim, a vaidade é cu do mundo. Ainda mais nesse "nosso" ramo, das artes visuais, escritas e/ou cênicas.

Sempre tem um aprendiz de algoz nos espreitando numa viela escura, sedento por nos passar a perna.

Mas quem sai vitorioso é aquele que não tem medo de arriscar, que não tem medo das críticas e está pouco se fudendo com a opinião de quem só parece saber desconstruir, ao invés de edificar.

Parabéns à Vigor Mortis pelo sucesso, pela persistência e pela forma descontraída e debochada de pisar nas baratinhas que volta-e-meia, insistem em sair dos esgotos.